Em todas as missas, o sacerdote deverá proferir com voz inteligível a Oração Eucarística. Na primeira Oração Eucarística ou Cânon Romano, pode-se omitir o que estiver entre parênteses.
ORAÇÃO EUCARÍSTICA I
ou Cânon Romano
O sacerdote, de braços abertos, diz:
Pai de misericórdia, a quem sobem nossos louvores, nós vos pedimos por Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso,
Une as mãos e traça o sinal da cruz sobre o pão e o cálice ao mesmo tempo, dizendo:
que abençoeis estas oferendas apresentadas ao vosso altar.
(T: Abençoai nossa oferenda, ó Senhor!)
O sacerdote, de braços abertos, prossegue:
Nós as oferecemos pela vossa Igreja santa e católica:
concedei-lhe paz e proteção, unindo-a num só corpo
e governando-a por toda a terra. Nós as oferecemos também pelo vosso servo o Papa N., por nosso Bispo N., e por todos os que guardam a fé que receberam dos apóstolos.
(T: Conservai a vossa Igreja sempre unida)
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JESUS PEDE AO PAI QUE ABENÇOE O SEU SACRIFÍCIO
Pai de misericórdia, a quem sobem nossos louvores, nós vos pedimos por Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso que abençoes… Nosso Senhor vai se dirigindo para o Horto das Oliveiras pedindo ao Pai que aceite e abençoe o seu sacrifício. Já o teria feito tantas vezes, mas agora o faria mais intensamente. Estas palavras de Jesus nos cortam o coração. Sentimos vontade de dizer: “Senhor, não faças isto! É muito duro o que pretendes: morrer na Cruz, transformar o teu Corpo santo numa chaga da cabeça aos pés! Não faças isto”! Mas Jesus não daria ouvidos às nossas palavras, apesar de ver a boa intenção da nossa parte. E, voltando-se para nós, nos diria: “é chegada a hora de perdoar-vos e de mostrar o meu grande amor por vós… ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus”… Ao ouvirmos estas palavras, não conseguimos conter as lágrimas. Maior amor… dar a vida… O único que nos resta é acudir à nossa Mãe e pedir forças para acompanhar o seu Filho até o alto da Cruz.
JESUS PEDE PELO PAPA E PELA IGREJA
Enquanto isto, Nosso Senhor já voltaria ao diálogo com o seu Pai pe-
FIGURA 13: mostrar Cristo se dirigindo para o Horto das Oliveiras, agora mais perto, olhando para o Pai, vendo a Igreja.
Memento dos vivos.
Lembrai-vos, ó pai, dos vossos filhos e filhas N.N.
Une as mãos e reza em silêncio. De braços abertos, Prossegue:
e de todos os que circundam este altar, dos quais conheceis a fidelidade e a dedicação em vos servir. Eles vos oferecem conosco este sacrifício de louvor por si e por todos os seus, e elevam a vós as suas preces para alcançar o perdão de suas faltas, a segurança em suas vidas e a salvação que esperam.
(T: Lembrai-vos, ó Pai, de vossos filhos)
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dindo pela sua Igreja… “Nós[i] as oferecemos pela vossa Igreja santa e católica: concedei-lhe paz e proteção, unindo-a num só corpo”… “Nós as oferecemos também pelo vosso servo o Papa N., por nosso Bispo N., e por todos os que guardam a fé que receberam dos apóstolos”. Unamo-nos à oração de Cristo por sua Igreja. “Que as portas do Céu não prevaleçam sobre ela!” Sabemos que não prevalecerão pela promessa que Cristo nos fez. Mas Deus conta com nossas orações por ela.
Como é o nosso amor pela Igreja? Como é o nosso amor pelo Papa, o Vice-Cristo na terra? Como é o nosso amor pelos sacerdotes? Cristo disse a Santa Catarina de Sena: “não toqueis nos meus Cristos”[ii], fazendo referência a uma frase do Salmo[iii]. O sacerdote, seja quem for, é um ungido de Deus. Se não são mais santos é porque rezamos pouco por eles! Que bom é pensarmos assim! Que certo é pensarmos assim! O que falta é mais oração da nossa parte. Não deixemos de pedir, de suplicar, pelo Papa, pelos Bispos e pelos sacerdotes.
Mantenhamo-nos todos unidos, unidíssimos. A grande artimanha do demônio é semear a divisão dentro da própria Igreja: falar mal deste ou daquele padre, deste ou daquele bispo. Estejamos todos unidos: “a multidão dos que acreditam em Deus formam um só coração e uma só alma”[iv]. Amemos e rezemos como Cristo pelo Papa, por seus representantes e por todas as instituições que fazem parte da Igreja, seja qual for.
JESUS INTERCEDE POR TODOS NÓS
“Lembrai-vos, ó pai, dos vossos filhos e filhas N.N”… A seguir, Cristo pede por todos os seus filhos que estão na terra e de modo especial por aqueles que circundam o seu altar, isto é, por aqueles que estão sempre presentes na Missa. “É bem conhecida de vós, ó Pai, a fidelidade destes e a dedicação em vos servir. E estão aqui para oferecer conosco este sacrifício de louvor, por si e por todos os seus, e elevam a vós, ó Pai, as suas preces para alcançar o perdão de suas faltas, a segurança em suas vidas e a salvação que esperam”.
Por estas palavras, vê-se como Jesus fica contente ao contemplar estes seus filhos que circundam o seu altar. São o seu consolo e a sua alegria, junto com Nossa Senhora. Aproveitemos esta ocasião para pedir a Deus que sejam muitos os que assistam a Missa, que sintam esta alegria que experimentamos ao estarmos aqui. Peçamos por estes parentes e amigos que tanto queremos, mas que ainda não entendem o valor do Sacrifício do Altar. Se rezarmos com fé por eles, não tardará o dia em que estarão entre nós.
FIGURA 14: mostrar Cristo se dirigindo para o Horto das Oliveiras, agora mais perto, olhando para o Pai, vendo a nós.
“Infra actionem”
Em comunhão com toda a Igreja, veneramos a sempre Virgem Maria, Mãe de nosso Deus e Senhor Jesus Cristo; e também São José, esposo de Maria, * os santos Apóstolos e Mártires Pedro e Paulo, André, (Tiago e João, Tomé, Tiago e Filipe, Bartolomeu e Mateus, Simão e Tadeu, Lino, Cleto, Clemente, Sisto, Cornélio e Cipriano, Lourenço e Crisólogo, João e Paulo, Cosme e Damião), e todos os vossos Santos. Por seus méritos e preces, concedei-nos sem cessar a vossa proteção. (Por Cristo, Senhor nosso. Amém).
(T: Em comunhão com toda a Igreja aqui estamos!)
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JESUS AGRADECE AO PAI OS SANTOS
É natural que Nosso Senhor, na subida do Calvário, pensasse com alegria no exército de santos que surgiriam acolhendo as graças que viriam da sua morte na Cruz. Era pensar que valia a pena todo aquele sacrifício. Era pensar em tantos e tantos que ouvirão a voz do bom pastor, que abrirão o seu coração para torná-lo a sua morada. “Aquele que me ama, nós viremos a ele e nele faremos morada”.
Em comunhão com toda a Igreja, veneramos a sempre Virgem Maria… Olhando para nós, nos diz: veneremos os meus santos, e, em primeiríssimo lugar, a minha santíssima Mãe. Ela que foi a primeira em acolher a graça da Redenção. Ela que, como bem disse o Arcanjo Gabriel, é a cheia de graça. Ou como diz o livro dos Cânticos, “és toda bela, ó minha amiga, e não há mancha em ti” (Cant 4, 7). “És um jardim fechado, minha irmã, minha esposa, uma nascente fechada, uma fonte selada” (Cant 4, 12). Veneremos também o meu pai adotivo, S. José, o mais santo depois de Nossa Senhora[v]. Os meus queridos apóstolos, Pedro, Paulo, João, etc… E todos os santos.
Por que os veneramos? Porque seguiram fielmente os ensinamentos de Cristo. Porque, levando uma vida semelhante à nossa, cheios de misérias, com exceção da Virgem Maria que foi concebida sem pecado, alcançaram o heroísmo nas virtudes: na caridade, na paciência, na pureza do coração, na santificação do trabalho, etc. Por isso, que bem nos faz ler a vida dos santos! Quantas pessoas se converteram lendo as suas vidas! Quantas encontraram nelas a força para seguir adiante!
Não deixemos também de acudir à intercessão destes poderosos aliados. Desde que chegaram ao Céu, continuando o que já faziam aqui, não cessam de interceder por nós. Sua maior alegria é ver-nos no Céu junto de Deus. Tenhamos devoção por alguns deles
FIGURA 15: mostrar Cristo se dirigindo para o Horto das Oliveiras, agora mais perto, olhando para o Pai, vendo os Nossa Senhora, São José.
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“Comunicantes” próprios No Natal e Oitava
Em comunhão com toda a igreja celebramos o dia santo (a noite santa) em que a Virgem Maria deu ao mundo o Salvador. Veneramos também a mesma Virgem Maria e seu esposo São José,*
Na Epifania do Senhor
Em comunhão com toda a Igreja celebramos o dia santo em que vosso Filho único, convosco eterno em vossa glória, manifestou-se visivelmente em nossa carne. Veneramos também a Virgem Maria e seu esposo São José.*
Da Vigília pascal até o 2° Domingo da Páscoa
Em comunhão com toda a Igreja, celebramos o dia santo (a noite santa) da ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo. Veneramos também a Virgem Maria e seu esposo São José.*
Na Ascensão do Senhor
Em comunhão com toda a Igreja, celebramos o dia santo em que o vosso Filho único elevou à glória da vossa direita a fragilidade de nossa carne. Veneramos também a Virgem Maria e seu esposo São José.*
Em Pentecostes
Em comunhão com toda a Igreja, celebramos o dia santo de Pentecostes, em que o Espírito Santo em línguas de fogo manifestou-se aos Apóstolos. Veneramos também a Virgem Maria e seu esposo São José,*
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e veremos como nos fará um bem muito grande. Em especial, não esqueçamos de Nossa Senhora, de São José e do nosso Anjo da Guarda[vi].
Como dissemos anteriormente, na hora da Missa o Céu se abre. Agora, portanto, eles estão junto de nós. O Céu inteiro contempla admirado a morte de Cristo na Cruz. Se olharmos para eles, retribuirão o olhar, mas com um gesto delicado nos apontarão para Jesus. Veremos todos em silêncio, em profunda adoração. Ora agradecendo a Deus por essa loucura de amor que teve por nós, ora adorando, “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus do universo, o Céu e a terra proclamam a vossa glória”, ora pedindo a Deus que tenha misericórdia dos nossos pecados e ora pedindo e pedindo graças para cada um de nós.
FIGURA 16: mostrar Cristo se dirigindo para o Horto das Oliveiras, agora mais perto, olhando para o Pai, vendo os santos.
O sacerdote, com os braços abertos, continua:
Recebei, ó Pai, com bondade, a oferenda dos vossos servos e de toda a vossa família; dai-nos sempre a vossa paz, livrai-nos da condenação eterna e acolhei-nos entre os vossos eleitos.
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Da Vigília Pascal ao 2° Domingo da Páscoa
Recebei, ó Pai, com bondade, a oferenda dos vossos servos e de toda a vossa família. Nós a oferecemos também por aqueles que fizestes renascer pela água e pelo Espírito Santo, dando-lhes o perdão de todos os pecados. Dai-nos sempre a vossa paz, livrai-nos da condenação eterna e acolhei-nos entre os vossos eleitos.
Une as mãos.
(Por Cristo, Senhor nosso. Amém).
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Une as mãos.
(Por Cristo, Senhor nosso. Amém).
Estendendo as mãos sobre as oferendas, diz:
Dignai-vos, ó Pai, aceitar e santificar estas oferendas, a fim de que se tornem para nós o Corpo e † o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso.
(T: Santificai nossa oferenda, ó Senhor!)
O sacerdote une as mãos.
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JESUS PEDE AO PAI PARA RECEBER O NOSSO SACRIFÍCIO
Jesus volta-se novamente ao Pai e pede agora para que aceite o sacrifício que iremos oferecer. Não é nada o que podemos oferecer ao lado do seu sacrifício, mas para Deus esse pouco vale muito. Faz lembrar aquela história de uma menina de cinco anos que fez com todo amor uma carteira de dinheiro e deu de presente para o seu pai. Apesar de feia e grande, o pai a usava cheio de orgulho, sem escapar da gozação de muitos. Dizia para si de boca cheia: foi minha filha quem a fez!
Em seguida, Jesus pede ao Pai para aceitar e santificar essas oferendas e que elas se tornem o seu Corpo e o seu Sangue que será derramado por nós.
FIGURA 17: mostrar Cristo se dirigindo para o Horto das Oliveiras, agora mais perto, olhando para o Pai.
Nas fórmulas que se seguem, as palavras do Senhor sejam proferidas de modo claro e audível, como requer sua natureza.
Na noite em que ia ser entregue,
Toma o pão, mantendo-o um pouco elevado sobre o altar, e prossegue:
ele tomou o pão em suas mãos,
eleva os olhos,
elevou os olhos a vós, ó pai, deu graças e o partiu e deu a seus discípulos, dizendo:
Inclina-se levemente.
TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO
QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
Mostra ao povo a hóstia consagrada, coloca-a na patena, fazendo genuflexão para adorá-la.
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A HÓSTIA SE TORNA O CORPO E SANGUE DE CRISTO
Acompanhemos as palavras do sacerdote, ou melhor, de Cristo com a voz emprestada do sacerdote, em profundo silêncio…
As palavras que seguem são aquelas pronunciadas na Última Ceia. Ao mesmo tempo em que oferece seu Corpo e seu Sangue como alimento, TOMAI E COMEI… TOMAI E BEBEI… anuncia a sua morte na Cruz dizendo QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS E POR TODOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS. Por oferecer o seu Corpo e seu Sangue como alimento, a Missa torna-se banquete. Por oferecer a sua vida na Cruz, a Missa torna-se sacrifício. Banquete e sacrifício estão em estreita união na Santa Missa. A Missa não é só banquete, nem só sacrifício, mas é Cristo que dá a sua vida por nós para perdoar os nossos pecados e, ao mesmo tempo, dá o seu Corpo como alimento. Recupera a nossa vida da graça morrendo na Cruz e alimenta essa nova vida dando-nos em Comunhão.
Estando o Corpo de Cristo elevado, façamos um ato de profunda adoração: “Meu Senhor e meu Deus”, “Senhor, creio firmemente que estás aí com seu Corpo com seu Sangue, sua Alma e sua Divindade”, “Senhor: te amo, te amo!”…
Estando o Sangue de Cristo elevado, façamos o mesmo, adorando em silêncio.
FIGURA 18: mostrar o sacerdote, Jesus atrás, com a hóstia elevada, vendo nela Jesus, os anjos ao redor em adoração, o povo olhando em profunda admiração, Deus Pai e Deus Espírito Santo ao fundo, o céu, o purgatório.
Então prossegue:
Do mesmo modo, ao fim da ceia,
Toma o cálice nas mãos, mantendo-o um pouco elevado sobre o altar, e prossegue:
ele tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente e o deu a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
Mostra o cálice ao povo, coloca-o sobre o corporal e faz genuflexão para adorá-lo. Em seguida, diz:
Eis o mistério da fé!
T: Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus! Ou: Salvador do mundo, salvai-nos, vós que nos libertastes pela cruz e ressurreição.
Ou:
Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a vossa vinda!
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O VINHO SE TORNA O CORPO E O SANGUE DE CRISTO
A Missa é um grande mistério e um grande milagre. A Igreja nos ensina que no Calvário houve o sacrifício de Cristo na Cruz, mas em cada Missa que é celebrada, Cristo não faz um novo sacrifício. Ao mesmo tempo nos ensina que apesar de não haver um novo sacrifício, realiza-se em cada Missa o seu sacrifício. O que ocorre, então, em cada Missa pode ser entendido assim: A morte de Cristo na Calvário é uma morte que se perpetua no tempo. Em cada Missa temos acesso de um modo misterioso ao Calvário. Quando se dá início ao seu sacrifício, que é quando a hóstia se torna o Corpo e o Sangue de Cristo, Deus nos coloca diante do Calvário. E estaremos diante do Calvário até que Cristo deixe de estar presente no altar, isto é, quando o sacerdote recebê-lo em Comunhão. É como se Deus quisesse que participássemos e colhêssemos todos os frutos da sua morte na Cruz todos os homens de todos os tempos.
Estamos agora no Calvário! O que Jesus quer de nós? Que nos unamos ao seu sacrifício, colocando-nos ao lado de Nossa Senhora.
FIGURA 19: mostrar o sacerdote, Jesus atrás, com o cálice elevado, os anjos ao redor em adoração, o povo olhando em profunda admiração, Deus Pai e Deus Espírito Santo ao fundo, o céu, o purgatório.
O sacerdote, de braços abertos, diz:
Celebrando, pois, a memória da paixão do vosso Filho,
da sua ressurreição dentre os mortos e gloriosa ascensão aos céus, nós, vossos servos, e também vosso povo santo, vos oferecemos, ó Pai, dentre os bens que nos destes, o sacrifício perfeito e santo, pão da vida eterna e cálice da salvação.
(T: Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!)
Recebei, ó Pai, esta oferenda, como recebestes a oferta de Abel, o sacrifício de Abraão e os dons de Melquisedeque.
Une as mãos e inclina-se, dizendo:
Nós vos suplicamos que ela seja levada à vossa presença, para que, ao participarmos deste altar, recebendo o Corpo e o Sangue de vosso Filho,
Ergue-se e faz sobre si o sinal da cruz, dizendo:
sejamos repletos de todas as graças e bênçãos do céu.
Une as mãos.
(Por Cristo, Senhor nosso. Amém).
(T: Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!)
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JESUS OFERECE E PEDE AO PAI QUE ACEITE O NOSSO SACRIFÍCIO
Jesus já está no alto da Cruz. É natural que o seu primeiro pensando se dirija ao Pai. Foi pelo Pai que veio a terra, é pelo Pai, antes de mais nada, que está morrendo por nós. Dirigindo-se ao Pai pede que aceite o seu sacrifício, que o aceite como aceitou o sacrifício de Abel ao ser morto por Caim, o sacrifício de Abraão ao oferecer o seu filho Isaac, mas detido pelo Anjo antes de que se realizasse e o sacrifício de Melquisedeque que era um sacerdote do Antigo Testamento. Podemos imaginar a alegria do Pai ao ver este pedido de Jesus!
Como dissemos anteriormente, procuremos nessa Oração Eucarística unir-nos à oração de adoração ao Pai de Cristo no alto da Cruz. Cristo oferecendo esse sacrifício ao Pai já está fazendo um ato de adoração. Nosso Senhor, enquanto sofria por nós, passou grande parte do tempo fazendo atos de adoração ao Pai por todos os seus filhos que não o adoram.
FIGURA 20: mostrar Jesus sendo flagelado, os anjos ao redor, olhando para o Pai.
Memento dos defuntos
o sacerdote, de braços abertos, diz:
Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos e filhas N. N., que partiram desta vida, marcados com o sinal da fé.
Une as mãos e reza em silêncio. De braços abertos, Prossegue:
A eles, e a todos os que adormeceram no Cristo, concedei a felicidade, a luz e a paz.
Une as mãos.
(Por Cristo, Senhor nosso. Amém).
(T: Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!)
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JESUS PEDE AO PAI POR TODOS OS FALECIDOS
Nosso Senhor pede agora por todos os falecidos. É a hora de lembrar de todos os nossos parentes e conhecidos e pedir pela salvação de cada um deles. Como nos alegra pensar que um dia poderemos nos encontrar todos lá no Céu e vivermos com Deus, juntos, para sempre, sem qualquer dor ou sofrimento.
As almas do purgatório se alegram especialmente neste momento. Sabem que a cada Missa são aliviadas e abreviadas as suas penas e muitas almas que já estavam às portas do Céu entrarão exultantes na Glória. Com que alegria e ansiedade esperam cada Missa que é celebrada no mundo! Graças incontáveis serão dadas a elas!
Continuando a nossa adoração:
Quantos não o reconhecem como Senhor! Quantos não querem colocá-lo em primeiro lugar na sua vida, não querem reconhecer que são criaturas e que dependem totalmente do Criador! Como Deus, que é Pai, o melhor dos pais, deve sofrer vendo que suas pobres criaturas dizem: “eu não preciso de Ti”, da mesma forma como um personagem de um livro diz ao autor que pode viver sem ele. Peçamos perdão ao Pai, junto com Jesus e Maria e todo o exército celestial pelos que vão por este caminho. Reconheçamos agora em nome de todos os que não o adoram que Deus é o nosso Senhor. Que dEle provém o céu, a terra, a água, o sol, as montanhas e tudo o que nos cerca. Dele provém a nossa vida, a nossa saúde, o termos acordado hoje, nossos parentes e familiares e todo o amor que recebemos.
FIGURA 21: mostrar Jesus sendo coroado de espinhos, os anjos ao redor, olhando para o purgatório.
Bate no peito, dizendo:
E a todos nós pecadores,
De buços abertos, prossegue:
que confiamos na vossa imensa misericórdia, concedei, não por nossos méritos, mas por vossa bondade, o convívio dos Apóstolos e Mártires: João Batista e Estêvão, Matias e Barnabé, (Inácio, Alexandre, Marcelino e Pedro; Felicidade e Perpétua, Agueda e Luzia, Inês, Cecília, Anastácia) e todos os vossos santos.
Une as mãos:
Por Cristo, Senhor nosso.
(T: Concedei-nos o convívio dos eleitos!)
E prossegue:
Por ele não cessais de criar e santificar estes bens e distribuí-los entre nós.
Ergue o cálice e a patena com a hóstia, dizendo:
Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre.
T: Amém!
Segue-se o rito da comunhão,
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JESUS PEDE AO PAI A SALVAÇÃO PARA TODOS
E agora Jesus estende o seu pedido a todos nós, pecadores. Ele se inclui entre eles, não por ter pecados, mas por ter assumido livremente a condição de pecador, representando a todos nós. Dirige ao Pai o pedido confiando na sua imensa misericórdia e pede para que conceda a graça da salvação, o convívio dos apóstolos e mártires, não por nossos méritos que são poucos, mas por sua bondade, que é infinita. Como esse pedido de Jesus nos enche de paz! É certo que não temos assegurada a nossa salvação, que teremos que lutar até o fim contra os nossos defeitos, mas Jesus a cada Missa pede por nós, intercede por nós. Obrigado, meu Deus, por seres tão bom!
Continuemos nossa adoração. Pode nos servir nesse sentido o início da oração Te Deum: A Vós Oh! Deus!, vos glorificamos, A vós, Senhor, vos reconhecemos. A Vós, Eterno Pai, venera toda a criação. Os Anjos todos, os céus, todas as Potestades vos honram. Os Querubins e Serafins cantam sem cessar; Santo, Santo, Santo é o Senhor, Deus do universo.
FIGURA 22: mostrar Jesus na Cruz, olhando para o Pai.
[i] “Nós” significa Jesus com cada um de nós que também estamos chamados a oferecer este sacrifício.
[ii] Santa Catarina de Sena, O diálogo, p. 239, Editora Paulus, São Paulo 1985.
[iii] Sl 105, 15
[iv] At 4, 32
[v] cfr. Leão XIII, Enc. Quamquam pluries, 15-VIII-1899
[vi] A intercessão dos santos. “Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles, nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio” (Catecismo da Igreja Católica, n. 956):