Inocêncio IV (1243 – 1254)

Publica três documentos sobre o escapulário: um em 1246, outro em 1247, e o mais importante no dia 13 de janeiro de 1252 (bula Ex parte dilectorum). Neste último documento ameaça de excomunhão os que negam a promessa feita por Nossa Senhora a São Simão Stock: “isto será para ti e para todos os Carmelitas privilégio. E morrendo com isto será salvo” (Cfr. E. BERGIER, Les regis­tres d’Innocent IV [París] 1, 1884).

João XXII (1316 – 1334)
Bula  Sacratissimo ut culmine (março de 1322)
“João, Vigário do meu Filho, espero de ti uma ampla e favorável confirmação da Sagrada Ordem dos Carmelitas, que sempre me foi muito cara… se entre os religiosos ou confrades desta ordem, houvesse algum que ao morrer tenha que pagar seus pecados no cárcere do Purgatório, Eu, que sou a Mãe de Misericórdia, descerei ao Purgatório no primeiro sábado após a sua morte, e o livrarei para conduzi-lo ao Monte Santo da Vida Eterna”

Paulo V (1605 – 1621)
1. Breve  Cum certas (outubro de 1606): concede indulgências aos que usam o santo escapulário, devidamente imposto.
2. Decreto (junho de 1608): permite aos Carmelitas publicar em suas pregações que o povo cristão pode crer piedosamente (com motivo dos sufrágios das almas dos confrades mortos em caridade) que a Santíssima Virgem ajudará com sua contínua intercessão, com seu sufrágios, com seus méritos e especial proteção, depois da morte, e especialmente no sábado, aos que tenham levado o escapulário em vida, guardado a castidade própria do seu estado, rezado o Ofício Parvo, ou na sua falta, tenham observado o jejum da Igreja e a abstinência nas quartas-feiras e sábados, exceto no dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo (Cfr. Sumário de indulgências da Confraria do Escapulário, aprovado pela Sagrada Congregação das Indulgências 1-XII-1866).

Pio IX (1846-1878)
Documentos que estabelecem que a forma do escapulário do Carmo é imutável e tem que ser de lã  (julho de 1868).

Pio X (1903-1914)
Concede a dispensa para o uso do escapulário de metal. O escapulário de pano continua sendo mais recomendável por ser mais simbólico.

Pio XII (1939-1958)
Epístola aos Gerais dos PP. Car­melitas (fevereiro de 1950).
Devido ao sétimo centenário do escapulário, o denomina a “primeira devoção mariana, memória de humildade e castidade, breviário de modéstia e simplicidade, símbolo de súplicas e consagração ao Coração de Maria. Ninguém ignora, certamente, quanto o amor à Santíssima Mãe de Deus contribuiu para avivar a fé católica e os costumes cristãos, especialmente através daquelas expressões de devoção com as que, de modo especial com relação às outras, parece que as mentes se enriquecem de doutrina sobrenatural e as almas são solicitadas ao cultivo da virtude cristã. Entre estas figura, em primeiro lugar, a devoção ao santo escapulário dos Carmelitas que, adaptando-se por sua simplicidade a índole de todas as pessoas e com ubérrimos frutos espirituais está amplamente difundida entre os fiéis cristãos. Com grato ânimo, entendemos que, ao aproximar-se o sétimo centenário da instituição desse escapulário da divina Mãe do Monte Carmelo, os religiosos Carmelitas, tanto calçados como descalços, estabeleceram promover solenes celebrações em honra da Bem-aventurada Virgem Maria. Esta piedosa iniciativa a recomendamos de todo coração, tanto por nosso constante amor para a Mãe de Deus como por nossa agregação, desde a mais terna idade, à confraria de tal escapulário, e desejamos de Deus uma abundante chuva de favores. Porque não se trata de coisas de pouca importância, mas da aquisição da vida eterna, em virtude da tradicional promessa da Beatíssima Virgem; trata-se, de fato, da empresa mais importante e do modo mais seguro de levar a cabo. Certamente o sagrado escapulário, como veste mariana, é sinal e garantia da proteção da Mãe de Deus; mas não pensem que a veste pode conseguir a vida eterna na preguiça e na indigência espiritual já que avisa o Apóstolo: “Procurai vossa salvação com temor e tremor” (Fil 2, 12¨). Portanto, todos Carmelitas, que, tanto nos claustros da primeira e segunda ordem como na terceira ordem regular e secular e nas confrarias, pertencem, por um particular vínculo de amor à família da Beatíssima Mãe, tenham no memorial de tal Virgem o espelho de humildade e de castidade; tenham na simples confecção desta veste, um breviário de modéstia e simplicidade; tenham sobretudo, na veste que de dia e de noite levam, a elegante expressão simbólica das súplicas com que invocam a ajuda divina; vejam, finalmente, naquela consagração o Sacratíssimo Coração da Imaculada Virgem Maria que recente e vivamente temos recomendado. Certamente, a piedosíssima Mãe não deixará de fazer que os filhos que expiam no Purgatório suas culpas alcancem o mais cedo possível a pátria celestial por sua intercessão, segundo o chamado privilégio sabatino que a tradição nos transmitiu”.

Paulo VI (1963-1978)
Exortatio Marialis cultus (fevereiro de 1974)
Cremos que entre as formas de piedade mariana deve contar-se expressamente o terço e uso devoto do escapulário do Carmo. Esta última prática pela sua própria simplicidade e adaptação a qualquer mentalidade, tem conseguido ampla difusão entre os fiéis, com imenso fruto espiritual.